Serra do Espinhaço a cordilheira brasileira

A Serra também chamada de “cordilheira brasileira”, formada há mais de 2,5 bilhões de anos, recebe a denominação de Cordilheira Brasileira, devido à sua formação peculiar, e seus mais de 1.000 Km que percorrem os estados de Minas Gerais e Bahia. Você já deve ter ouvido falar em Serra do Cipó, Serra dos Caraça ou Chapada Diamantina, mas, provavelmente, não sabe que essas formações geológicas, em conjunto com muitas outras, constituem a Serra do Espinhaço.

O nome Serra do Espinhaço foi sugerido originalmente pelo geólogo, geógrafo e metalurgista alemão Wilhelm Ludwig Von Eschwege no início do século XIX. Von Eschwege foi contratado pela Coroa Portuguesa para realizar estudos sobre o potencial da mineração no Brasil, onde permaneceu ente 1810 e 1821. Em seus estudos sobre o relevo brasileiro, ele observou que uma extensa cadeia montanhosa com características singulares se estendia entre Ouro Branco, em Minas Gerais, até região de Morro do Chapéu, na Bahia, na forma de uma “espinha” quase reta por quase 1.000 km, com variações de largura entre 50 e 100 km.

Foi a partir dessa comparação feita a uma espinha que surgiu o nome Espinhaço. Muitos estudiosos preferem classificar a Serra do Espinhaço como uma cordilheira a Cordilheira Brasileira. As diferentes Serras, montanhas, morros e vales da formação são ricas em recursos hídricos, segundo alguns cálculos, as nascentes de água da Serra do Espinhaço, que formam importantes riachos e rios, são responsáveis pelo abastecimento de mais de 50 milhões de pessoas, número que lhe dá uma posição de destaque no cenário ambiental brasileiro. Por outro lado, a Serra abriga em seus domínios importantes jazidas minerais, como acontece na região conhecida como Quadrilátero Ferrífero, em Minas Gerais, o que a torna alvo de intensa exploração mineral e sujeita a grandes agressões ambientais. Vários trechos da Serra do Espinhaço também sofrem com a derrubada de matas para a abertura de áreas agrícolas, com a mineração clandestina, com a caça predatória entre outros problemas.

Fonte: Pegada Ecoturismo