Com a globalização houve também o aumento do fluxo de capitais financeiros em todo o mundo, por meio de operações realizadas por bancos, empresas, agências ou escritórios de corretagens de ações e títulos espalhados por vários países.
A globalização das finanças ou do capital financeiro favoreceu o capital especulativo, em que os especuladores de moedas e ações, ou seja, pessoas e instituições financeiras que possuem grande poder de compra e que adquirem, por exemplo, milhões de dólares de moedas nacionais quando estão desvalorizadas e as vendem, posteriormente, quando se valorizam, assegurando grandes lucros. Com as ações das empresas também ocorre a compra e venda realizada nas Bolsas de Valores dos países. A compra e venda de ações apresenta duas faces. Por meio da venda de ações, a empresa obtém dinheiro para se modernizar e aumentar sua capacidade de produção. Entretanto, há também outra face, que é a especulação do valor das ações, ou seja, quando o valor das ações de uma empresa está baixo, investidores, percebendo que ela poderá apresentar lucratividade em futuro próximo, as compram em um dia e vendem logo em seguida, quando há valorização delas, obtendo, assim, lucros independentemente dos resultados da empresa.
A rede global de computadores permite a movimentação instantânea de capitais financeiros, fato que acelerou a internacionalização das finanças. Hoje em dia, operadores do mercado financeiro transferem milhões de dólares de um país para outro ao primeiro sinal de insegurança no mercado de capitais, o que pode gerar graves crises nas economias onde o capital havia sido aplicado. No Brasil, por exemplo, está ocorrendo concentração do capital financeiro. Apenas quatro instituições financeiras acumulam 80% desse capital em circulação.
Fonte: Expedições Geográficas : manual do professor / Melhem Adas, Sergio Adas. — 3. ed. — São Paulo: Moderna, 2018.