Exercícios sobre a Semana de Arte Moderna

Questão 01 – UFPR – “A ambição do grupo [modernista] era grande: educar o Brasil, curá-lo do analfabetismo letrado, e, sobretudo, pesquisar uma maneira nova de expressão, compatível com o tempo do cinema, do telégrafo sem fio, das travessias aéreas intercontinentais”.

(Boaventura, M. E. A Semana de Arte Moderna e a Crítica Contemporânea: vanguarda e modernidade nas artes brasileiras.
Conferência – IEL-Unicamp, 2005, p.5-6. Fonte: http://www.iar.unicamp.br/dap/vanguarda/artigos.html).
Conforme o trecho acima e os conhecimentos sobre a Semana de Arte Moderna de 1922 e o modernismo brasileiro subsequente, é correto afirmar:
a) A Semana de 1922 marcou o modernismo inspirado em vanguardas europeias, buscando uma nova arte com uma identidade brasileira experimental, miscigenada, antropofágica e cosmopolita. O movimento celebrava o progresso da nação, simbolizado pelo desenvolvimento da cidade de São Paulo.
b) A Semana foi o grande marco da arte moderna brasileira, caracterizando-se pela busca por uma imitação do surrealismo e do cubismo, realizada por acadêmicos em constante contato com os artistas europeus.
c) A Semana de 1922 somou-se ao regionalismo nordestino para mostrar as raízes da cultura brasileira, recusando qualquer interferência da arte estrangeira. Os modernistas fizeram, com isso, uma forte crítica à modernização e à alfabetização brasileira.
d) Monteiro Lobato e Mário de Andrade lideraram a Semana de 1922, que teve o intuito de aliar as produções mais recentes no campo da música, literatura e artes plásticas futuristas com as obras tradicionalistas da arte brasileira.
e) Os modernistas passaram a se organizar, depois da Semana de 1922, para efetivar uma arte revolucionária nos moldes do realismo soviético, pois acreditavam na conscientização da população para uma mudança no poder.
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ALTERNATIVA A

Questão 02 – FUVEST –  Ao convidarem Graça Aranha para proferir a palestra de abertura da “Semana de Arte Moderna”, em fevereiro de 1922, os jovens, empenhados em subverter os conceitos de arte que consideravam tradicionais,

a) proclamavam à nação o seu radical rompimento com a política cultural do Governo brasileiro.
b) não tinham objetivo político em mente, apenas revelavam sua admiração pelo autor de “Brasil: país do futuro”.
c) queriam mostrar ao mundo quem era o modelo vivo de Macunaíma.
d) buscavam um literato que fosse tão inovador na sua arte quanto Villalobos o era na música e Anita Malfatti na pintura.
e) revelavam que, para eles, o apoio da oligarquia paulista era indispensável para o sucesso da iniciativa.
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ALTERNATIVA E


Questão 03 – UNIFOR  – A Semana de Arte Moderna de 1922, realizada na cidade de São Paulo, identifica-se com

(A) as transformações sociais e econômicas porque passava a sociedade brasileira e a reação à oligarquia agrária dominante.
(B) os ideais estéticos e morais da aristocracia cafeeira, proposto no manifesto informalista.
(C) a contestação no campo das artes ao modelo neoliberal e desenvolvimentista que caracterizava o governo do presidente Deodoro da Fonseca.
(D) a reação cultural favorável ao impressionismo e aos padrões estéticos estrangeiros, introduzidos no Brasil pelos neo-expressionistas.
(E) a contestação à industrialização de São Paulo, bem como as reivindicações operárias expressas no manifesto contextualista e no pós-modernismo.
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ALTERNATIVA A

Questão 04 – UFF – “Só a antropofagia nos une(…) Tupi, or not Tupi that is the question (…) Contra todos os importadores de consciência enlatada. A existência palpável da vida (…). Nunca fomos catequizados. Fizemos foi Carnaval. O índio vestido de senador do Império (…) Peste dos chamados povos cultos e cristianizados, é contra ela que estamos agindo. Antropófagos” (ANDRADE, Oswald. Manifesto Antropófago. SP, 1928)

O trecho revela alguns dos princípios orientadores do modernismo brasileiro iniciado em 1922 com a Semana de Arte Moderna. Sua interpretação sugere:
(A) a expressão do Modernismo como aceitação dos padrões estéticos classicistas e da arte acadêmica e convencional;
(B) uma declaração de princípios nacionalistas que criticam a incorporação da cultura americana e o Estado Novo;
(C) a associação da Antropofagia ao Modernismo como uma das correntes em que este se dividiu, internamente, opondo-se ao Romantismo;
(D) a consideração da Antropofagia como um processo de devoração cultural das técnicas autenticamente nacionais, visando a reelaborá-las;
(E) a acentuação do caráter de busca da identidade nacional do modernismo pela valorização das raízes brasileiras.
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ALTERNATIVA E

Questão 05 – FGV-SP – Leia o texto.
A Semana de 22 não foi um fato isolado e sem origens. As discussões em torno da necessidade de renovação das artes surgem em meados da década de 1910 em textos de revistas e em exposições, como a de Anita Malfatti em 1917. Em 1921 já existe, por parte de intelectuais como Oswald de Andrade e Menotti Del Picchia, a intenção de transformar as comemorações do centenário em momento de emancipação artística. (…) (www.itaucultural.org.br)

Em geral, os artistas participantes da Semana de Arte Moderna propunham
a) que a arte, especialmente a literatura, abandonasse as preocupações com os destinos brasileiros e se voltasse para o princípio da arte pela arte.
b) a rejeição ao conservadorismo presente na produção artística brasileira, defendendo novas estéticas e temáticas, como a discussão sobre as questões brasileiras.
c) que os artistas estabelecessem vínculos com correntes filosóficas, mas não com projetos políticos e ideológicos, fossem estes progressistas ou conservadores.
d) o reconhecimento da superioridade da arte europeia e da importância da civilização portuguesa no notável desenvolvimento cultural brasileiro.
e) que apenas as artes plásticas, com destaque para a pintura, poderiam representar avanços revolucionários em direção a uma arte de fato inovadora.
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ALTERNATIVA B

Questão 06 – CEFET-MG – O trecho abaixo é do Manifesto Antropófago, escrito por Oswald de Andrade em 1928.

“Só a antropofagia nos une (…) Tupi, or not Tupi, that is the question (…) Contra todos os importadores de consciência enlatada. A existência palpável da vida (…). Nunca fomos catequizados. Fizemos foi Carnaval. O índio vestido de senador do Império (…) Peste dos chamados povos cultos e cristianizados, é contra ela que estamos agindo. Antropófagos.”
O texto apresenta alguns dos princípios orientadores do Modernismo brasileiro cujo marco principal é a Semana de Arte Moderna de 1922. A partir do texto e de seus conhecimentos, é correto afirmar que o autor sugere a
a) aceitação da estética classicista da arte acadêmica convencional.
b) rejeição da cultura americana pelo repúdio de princípios nacionalistas.
c) valorização das raízes brasileiras para construir a identidade nacional.
d) devoração cultural das técnicas autenticamente nacionais para reelaborá-las.
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ALTERNATIVA C

Questão 07 – CEFET-MG – A Semana de Arte Moderna de 1922, movimento artístico-cultural organizado para valorizar a nacionalidade, objetivava

a) defender a uniformização dos modelos artísticos.
b) promover a difusão dos modelos artísticos nacionais.
c) refletir a importância da literatura sobre as outras artes.
d) dificultar a propagação da arte popular nos meios de comunicação.
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ALTERNATIVA B

Questão 08 – UNESP – Entre 11 e 16 de fevereiro de 1922, realizou-se no Teatro Municipal de São Paulo a Semana de Arte Moderna. Segundo Mário de Andrade, as mudanças ocorridas a partir da Semana de 22 e do Movimento Modernista significaram a fusão de três princípios: o direito permanente à pesquisa estética, a atualização da inteligência artística brasileira e a estabilização de uma consciência criadora nacional. Está inteiramente correto considerar como conseqüências da Semana de Arte Moderna:

a) a formação de uma geração de artistas que romperam com a arte barroca; o reconhecimento e a valorização das expressões artísticas do Renascimento Italiano; a formação de grupos de artistas e salões de arte moderna em todo o Brasil.
b) a formação de uma geração de artistas acadêmicos; o reconhecimento e a valorização das expressões artísticas da Missão Artística Francesa; a formação de grupos de artistas e de salões de arte neoclássicos.
c) a formação de uma geração de artistas que romperam com a estética modernista; o reconhecimento e a valorização das expressões artísticas contemporâneas; a formação de grupos de artistas e salões de arte em São Paulo e no Rio de Janeiro destinados a exposições de arte moderna.
d) a formação de uma geração de artistas que romperam com os ditames acadêmicos; o reconhecimento e a valorização das expressões artísticas dos primitivos; a formação de grupos de artistas, tais como o Clube dos Artistas Modernos e a Sociedade Pró Arte Moderna de São Paulo.
e) a formação de uma geração de artistas que romperam com o estilo clássico; o reconhecimento e a valorização das expressões artísticas do estilo Rococó; a formação de grandes exposições de Arte, como a Bienal de São Paulo.
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ALTERNATIVA D